Pesquisar este blog

segunda-feira, 11 de junho de 2012

TÔ CHEIA DE FOME!

Rsrs, nunca pensei em ter um blog pra escrever sobre vida minha. Mas tô com uma vontade  de comer paisagens, livros novos, autores novos. Engordar comendo chocolate ao som do violão sendo aquecida por fogueira no meio da noite. Conhecer pessoas que valham a pena gastar tempo compartilhando. De matar saudade, de abrir coração. Deitar na grama, sentir a brisa.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

INTERNO

Pensar que o passado é reflexivo
Imaginar que o presente é preciso ser vivido
O futuro, o futuro é necessário ser planejado
Mas se eu não quiser?
Se o que quero é esquecer o passado
Morrer no presente
E deixar a correnteza me levar?
O que será?
Serei esquecida, não haverá vida e nem planos?

ROSAS ):

Sentada ao canto, enquanto vagava por aí. Alma solitária, solidária aonde o vento a levasse. Tinha nas mãos flores, que se arranjadas, poderiam confudir-se com um enorme e estridente buquê. Não eram rosas, em tais mãos estavam firmes as variedades de flores que alguém, vagante, pode conseguir no caminho de uma solitária e solidária dança com o vento. Para ela, eram preciosidades conseguidas com prazer. Como qualquer um que entra em tal dança, passou por caminhos sorridentes, tenebrosos, ficticios, realidades relatadas em forma de poesia, prosa, contos. 
Sentou-se ao seu lado, um dançarino elegante, de óculos impecaveis, seu cigarro à boca, tinha flores, era um buquê. Ah! Eram rosas!
O dançarino olhou as flores, que não eram rosas. Voltou-se para seu cigarro. Levantou o braço e SEM QUERER, não é que o cigarro caiu nas flores da dançarina vagante! o DANÇARINO OLHOU, ATERRORIZOU-SE, quis ajudar, mas só amassava mais e mais o cigarro em suas flores! Por fim, achou seu cigarro, deu-lhe um olhar triste, porém de superioridade, de quem não admite errros. Retornou a boca e foi-se embora.
Suas flores perciosas! Agora não passavam de um conjunto de pétalas transformadas em um cinzero. Então, o vento a chamou para dançar, ela até quis. Mas ao desviar seu olhar tímido e triste ao châo, viu rosas e apenas rosas. O vento, insistente, lhe deu a mâo. 
Mas agora, a dançarina já não era mais vagante.


Mariana Rodrigues